21/11/2022 . Notícia
A equipe da Plataforma de Ciência de Dados aplicada à Saúde (PCDaS) realizou, nos dias 7 e 8 de março, o curso Introdução à Linguagem de Programação Python para integrantes do Núcleo de Informações, Políticas Públicas e Inclusão Social (NIPPIS).
Realizado no período da manhã, o curso teve seis horas no total e reuniu 12 participantes. A atividade foi mais um elo da parceria da PCDaS com o NIPPIS, que tem como principal produto o Sistema Nacional de Informações sobre Deficiência (SISDEF). Lançado em julho de 2022, o SISDEF é uma plataforma de acesso aberto que reúne painéis de indicadores detalhando aspectos diversos do perfil da pessoa com deficiência no Brasil.
Também participaram da capacitação membros da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), um dos parceiros do NIPPIS.
Formato do curso privilegia aprendizagem na prática
A coordenação da atividade foi de Marcel Pedroso, coordenador geral da PCDaS; Jefferson Lima, coordenador técnico da Plataforma; e Cristina Rabelais, coordenadora do NIPPIS.
Ministrado pelos professores Vinicius Kreischer, líder do time de engenharia de dados da PCDaS, e Balthazar Paixão, engenheiro de dados da Plataforma, o curso tinha como objetivo a introdução à linguagem Python, com foco em análise de dados.
Os alunos foram apresentados aos principais conceitos, métodos de armazenamento e ferramentas de programação em Python. Além disso, participaram de exercícios e estudos de caso com atividades de coleta, transformação e análise de dados do setor da saúde.
Neste formato de capacitação, comumente oferecido pela PCDaS aos seus parceiros, a estratégia pedagógica e os conteúdos desenvolvidos são baseados na participação prática dos alunos. “Naturalmente, os trabalhos começam com uma apresentação teórica e são acompanhados de um passo a passo didático”, diz Marcel Pedroso, coordenador da PCDaS. “Mas ao longo do curso os alunos colocam a mão na massa e desenvolvem exercícios práticos”.
Conhecimento traduzido para o trabalho cotidiano
Uma das alunas do curso foi a pesquisadora Jéssica Muzy, integrante do NIPPIS que trabalha na produção e análise de indicadores do SISDEF. “Havia percebido um crescimento no uso de Python nos últimos meses, tanto em projetos institucionais como ofertas de vagas, e acredito que será muito útil aprender essa linguagem, tanto para meu trabalho como para meu desenvolvimento profissional”, afirma. “Para quem já trabalha com bases de dados, como eu, é sempre bom conhecer novas linguagens de programação e manter-se atualizado”.
Clara Faulhaber se interessou pela atividade pela mesma razão. Também integrante da equipe do NIPPIS, imaginou que o aprendizado poderia auxiliar nas tarefas do projeto, principalmente em relação aos bancos de dados. “Nesse sentido, considero que tive um ótimo aproveitamento. Consegui parar por duas manhãs e realmente me dedicar a entender o que estava sendo explicado”, conta. “O que nos foi apresentado é essencial para o nosso trabalho com manipulação de dados, como, por exemplo, os comandos para as operações feitas em Python e a construção de tabelas”.
Para Clara, o referencial adquirido pode gerar impactos positivos no trabalho do dia a dia. “Quando bem construídos e apresentados, estes dados podem fazer a diferença para a tomada de decisão e implementação de políticas públicas”.
O cientista de dados Felipe Miranda, um dos representantes da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência presentes no curso, prevê que a capacitação ajudará em suas atividades cotidianas, focadas em análise de dados. “Muitas vezes, tenho que fazer algumas rotinas de extração e tratamento de dados. Com o Python, terei acesso aos pacotes que a própria comunidade de usuários criou, agilizando e facilitando meu trabalho”, explica.
Antes do curso, os três tinham conhecimentos em programação, mas nunca haviam trabalhado especificamente com Python. “As atividades propostas no curso foram simples e de fácil compreensão”, afirma Jéssica. “Considerei o conteúdo adequado para uma primeira aproximação e não tive problemas para acompanhar”.
Felipe, que programa em outras linguagens desde 2005, teve uma impressão parecida. “Minha experiência anterior certamente ajudou no acompanhamento das atividades, mas, mesmo se não soubesse programar, creio que não teria dificuldades em acompanhar o curso”, afirma. “A organização e a fluidez foram pontos positivos. Foi um curso bem ministrado e planejado”.
Os exercícios práticos foram um dos pontos positivos da experiência para Clara. Ela considerou que a metodologia favoreceu a fixação dos conhecimentos. “Pra mim, a ideia de ‘aprender fazendo junto’ funciona muito bem”.
O cientista de dados Sérgio Cruz, líder do time de gestão da PCDaS e coordenador da parceria da Plataforma com o SISDEF, classificou o curso como um sucesso. “Muitos cursistas são de diferentes áreas da saúde, e apresentar novos conceitos e ferramentas a eles é impactante”, diz. “Todos se envolveram bastante, tirando dúvidas e fazendo comentários. Acredito que o desafio de aprender algo novo em seis horas foi bem aceito pela turma”.
Ao analisar seu aproveitamento no curso e as diferentes possibilidades de aplicação da linguagem Python, Jéssica considera que este aprendizado pode abrir diversas oportunidades profissionais e pessoais. “Como já trabalho em parceria com a equipe da PCDaS, conhecer as ferramentas e recursos utilizados pode aproximar as equipes e tornar nosso trabalho mais eficiente e objetivo”.