Pesquisa apoiada pela PCDaS apresenta pôster eletrônico no 11º Congresso Brasileiro de Epidemiologia

Integrantes da  da PCDaS apresentaram, juntamente com pesquisadores da Unirio e a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, o pôster eletrônico PROJETO SISVAN-QUALI: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS DADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. 

A apresentação integrou as atividades do 11º Congresso Brasileiro de Epidemiologia, realizado entre 22 e 26 de novembro de 2021 pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva e pela Universidade Federal do Ceará.

Confira a seguir o resumo do pôster eletrônico, que também pode ser acessado no portal do 11º Congresso.

Título: 36706 – PROJETO SISVAN-QUALI: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS DADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Autores: 

Mariá Gonçalves Pereira da Silva – Projeto SISVAN QUALI -UNIRIO –  CNPQ 

Gabrielle Regine Passos de Almeida – PPGSAN/UNIRIO

Débora Dias Cabral – Projeto SISVAN QUALI –  UNIRIO – CNPQ

Balthazar Paixão – PCDaS/Icict/Fiocruz

Igor da Silva Morais – PCDaS/Icict/Fiocruz

Lucas Zinato Carraro – PCDaS/Icict/Fiocruz

Marcel de Moraes Pedroso – PCDaS/cict/Fiocruz

Katiana dos Santos Teléfora – Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro

Leila Sicupira Carneiro de Souza Leão – Departamento de Nutrição e Saúde Pública/UNIRIO

Luana Azevedo De Aquino – Departamento de Nutrição e Saúde Pública/UNIRIO; PPGSAN/UNIRIO

Objetivo: Avaliar a qualidade da base de dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN, do Estado do Rio de Janeiro. 

Métodos: Foi realizada uma análise descritiva dos dados de Estado Nutricional do SISVAN, contendo os registros do Estado do Rio de Janeiro, entre 2014 e 2017. Utilizando-se o pacote estatístico R, foi verificada a proporção de incompletude e a implausibilidade de valores de todas as variáveis, bem como o número de repetições dos códigos de identificação unívoca dos indivíduos dentre os registros, considerando que os dados não contam com as variáveis de identificação original dos mesmos. 

Resultados: Dentre as 57 variáveis disponíveis foram identificadas, principalmente, implausibilidade e incompletude. Implausibilidade de valores foi identificada em variáveis antropométricas, de territorialização e sociodemográficas, de preenchimento obrigatório ou não. Incompletude foi identificada em até 96,9% dos registros para variáveis antropométricas de preenchimento não obrigatório, até 83% para variáveis de territorialização e até 90% para variáveis sociodemográficas. Além disso, 0,47% dos códigos de identificação dos indivíduos apresentaram número de repetições superior ao esperado para o acompanhamento de indivíduos pelo SISVAN, apresentando até 476 repetições em um ano. 

Conclusão: As inconsistências identificadas na base de dados prejudicam a qualidade da informação disponibilizada e podem prejudicar a avaliação integral dos indivíduos, bem como a análise intramunicipal dos dados. Desta forma, sugere-se que os dados do SISVAN apresentam fragilidades incompatíveis ao seu potencial e que a avaliação da qualidade deve ser realizada de forma contínua e aplicada à base de dados nacional.